Loucura

By Leo


Sabe quando toda paciência do mundo se torna pouco demais para a ância de destruição em massa que assola, rebate e desnorteia o teu comportamento um tanto quanto frágil e modesto, quando acendem os alarmes e o único desejo é que o seu ódio queime em fúria acima de tudo e de todos, quando não há tempo para se ter tempo de ser humilde ou muito menos tempo para qualquer coisa de merda. Quando a virtude é pouca, quando o sussurro lento se torna um berro ensurdecedor, quando a loucura toma conta da razão, quando emoção se torna apenas instinto, quando blasfemar e difamar é praxe, bom comportamento é heresia, quando não há medo, não há limite, não há paciência, os nervos estalam, a cabeça zombe, o coração bate mais forte, uma gana de protesto, onde a vontade de agredir é maior do que a de pacificar, não se encontra solução, não se encontra remédio, invade, toma, detém desfaz–se em pele e osso e arranha-se em lamento.O mundo se perde e se refaz, no meio deste turbilhão que suga e desintegra, o desespero reage imponente e voraz incapaz de não deixar uma única pedra sobre pedra. Não é nem um tanto a mais nem um pouco a menos, quando de súbito uma voz fria intrépida ressoa indiferente como um gemido: Loucura.
 

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